quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Semana Mundial de Aleitamento Materno 2011



Semana Mundial
do Aleitamento Materno.

Para pensar…



Vale a pena tentar…!!






O sucesso do aleitamento materno pode ser definido por uma amamentação mais prolongada. Actualmente, a Organização Mundial de Saúde defende que a duração ideal do aleitamento materno exclusivo é de 6 meses, devendo-se manter pelo menos até aos 2 anos.
Antes a amamentação era envolvida em mistério, pelo desconhecimento de como proceder, sendo mesmo motivo de ansiedade, receio e medo. Hoje sabemos que basta quase sempre força de vontade, disponibilidade e empenho pelas mulheres que o desejam. A amamentação é um projecto materno, a decisão de amamentar ocorre na maioria das vezes antes ou no início da gravidez e é pessoal.
Não fazemos a proposta de que o aleitamento materno seja para exclusiva nutrição, mas propomos a formação de um vínculo único entre mãe e filho. O objectivo final, não é só a alimentação do bebé, mas também que o contacto físico entre mãe e filho aconteça, transformando-se num canal de expressão, afectividade e de prazer.
Mulheres que interrompam ou que iniciem tardiamente a amamentação podem ficar praticamente sem leite, mas o processo é totalmente reversível. Este processo é conhecido como relactação. O estímulo constante do bebé no peito faz com que a mulher liberte maiores quantidades de hormonas, sendo a principal a prolactina, que estimula a produção de leite. Quanto mais o bebé mama, mais prolactina é produzida, mais leite a mãe vai ter na mamada seguinte. É o próprio bebé, com a sua sucção no mamilo, que comanda a produção.
Segundo vários autores, a amamentação é possível mesmo em mães adoptivas (que não deram à luz), recebendo os seus filhos, leite materno, da mesma forma que receberiam de suas mães biológicas. Os mesmos referem que o leite de uma parturiente é igual e com a mesma qualidade daquelas que estimularam o aleitamento. Mesmo mulheres desnutridas e adolescentes são capazes de produzir leite com excelentes capacidades nutricionais. Em África, na tradição das tribos Zulus, as avós amamentam os seus netos, recorrendo precisamente a esta técnica.
De acordo com Gonzalés, 2004, uma baixa produção de leite verdadeira resulta de factores pouco comuns, sendo por isso considerada uma situação extremamente rara. É possível ter uma adequada produção láctea, ou até reverter uma baixa produção, com mamadas mais frequentes do bebé e com uma pega adequada do à mama.
Como podemos não amamentar, se avós e mães adoptivas podem estimular uma mama inicialmente sem leite, com o fim de criar um vínculo afectivo eterno, fazendo com que tenham para sempre um momento único e exclusivo de felicidade, ao acabar por conseguir nutrir os seus bebés?
A conquista está relacionada com o desejo de amamentar. São relatos bonitos de perseverança e sucesso. A maternidade é amor e a maior doação do mesmo é através da amamentação. No entanto, cada pessoa deve encontrar o seu caminho. Mas de uma coisa há certeza… Vale a pena tentar!!



Dina Amaral
Enfermeira Especialista Saúde Materna e Obstétrica
ACES Baixo Vouga II

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